Tudo está calmo...tristemente calmo...uma paz doída...as lágrimas gelaram...o outro lado de mim petrificou...já não há mágoas e as feridas secaram...como o meu corpo...já não choro porque nada acontece...a meu lado dorme a ausência e um amargo travo de solidão.
O pensamento está vazio...não vivo e não morro...apenas estou...fujo de mim e procuro-me...espero-me e escondo-me dentro do nada...quero correr até ao outro lado da vida para me libertar dos dedos frios do silêncio...esquecer-me...perder-me para renascer...seguir comigo para longe de mim.
Tudo está calmo...na paz da eternidade para onde quero voar...na poesia que hoje tem o gosto do deserto que me envolve...apenas um gemido de palavras esquecidas...de sonhos envoltos na escuridão serena das trevas...nas madrugadas que são as sobras das noites vestidas de ausência...nada acontece...um frio gélido de morte envolve um suspiro de amor esquecido no tempo...nos lençóis frios tecidos de amargura...rasgando a carne...na noite onde a solidão é mais solidão...na eternidade da minha procura...no silêncio onde descansa a minha alma.
Tudo está calmo...e eu ainda existo...a noite é minha...infinitamente minha...dolorosamente minha...presa no meu corpo...dolorosamente só...num voo eternamente solitário...como um beijo que trago na pele...uma lembrança que o vento me tráz...mas nada acontece...e eu deixo-me ficar assim...perdida entre os restos do que fui...e o fantasma do que sou...um rosto enevoado pelo espelho do tempo...pelo Outono da vida...e ainda cá estou...presa entre o gesto e as mãos...na renúncia sem retorno...entre o abismo e a imensidão...onde repousa a sombra do que sou...na noite imensa que me espera...onde não acontece nada.
Há em mim um jardim de espinhos...que silenciosamente afaga o meu corpo...como leve beijo de tristeza...entre os instantes em que não acontece nada...na penumbra deste entardecer...onde repousam os meus restos...no abismo dos meus passos...junto à campa onde me espero...no esquecimento onde não me encontro...
Quero partir de mim...para onde repousam os meus restos
No silêncio dos meus passos...junto à campa onde me espero
Acorrentar nas minhas mãos vazias...o eco de todos os gestos
O lamento de todos os sonhos...o vazio onde não me quero
Sou a sombra do poente...um grito da alma em sangue
Deserto no fundo da noite...um eco profundo...o nada
Neste céu escurecido...repousa o meu corpo exangue
Sepultado no vazio...desceu à terra na fria madrugada
Tudo é tempo...tudo é breve...uma noite num momento
Espalhei a vida...num palco onde nunca me encontrei
Escrevo-me e reescrevo-me...e fico assim folha ao vento
Entre o mar e a tempestade...no cais da solidão naufraguei
No meu corpo jaz um poema...um eterno poema de amor
Vestido de silêncio...amortalhado e enterrado no meu peito
Entre a sombra e o silêncio...canto neste verso a minha dor
Escrevo o que de mim restou...canto a noite onde me deito
Desperte-me se possível
Me leve ao paraíso
Encante-me, leve me ao caminho das flores
Feche meus olhos para a realidade
E dance comigo
Faça-me perder o chão
Tudo e possível se você me buscar
Entrego-me ao amor
E sigo o caminho da paixão
Eu suspiro e te observo aproximar
Meu coração dispara
Parece que vai parar
Mais eu continuo adormecida ,é um sonho venha me despertar
Me leve ao caminho das flores
Faça-me sentir o aroma da paixão
Juntos podemos ir aonde ninguém um dia chegara
Me fascino com seu olhar
E como mágica seu sorriso sempre vem me encantar
Eu sei que esta perto então me desperte para te amar
Eu sei esta aqui, desperte-me se possível
Eu vejo o mar, tua solidão, inspira meus versos,
Vejo em ti minhas lágrimas perdidas em tua imensidão
Teu azul me prende frente a ti, vejo em tuas ondas,
As lembranças de amores passados.
Eu vejo em tuas águas a solidão do luar
O brilho reflete e transmite o frio dessa noite vazia,
Mas eu ainda vejo beleza no teu sorriso triste
Nas tuas águas que correm solitárias.
Agora me despeço de ti, abraço teu abraço frio
Um dia voltarei a deitar na areia clara e desenharei meus versos
Agora tenho que partir, não se esqueça de mim, um dia voltarei
E trarei para tuas águas a beleza do amor.
Eu sou o vento.
Levo comigo em forma de VENDAVAL
Todos os sentimentos.
Às vezes calmo,
Na forma de uma leve BRISA
Sopro os cabelos do amado,
Beijo de leve a sua face.
Muitas vezes, sou TEMPESTADE
Que arrasa corações, arrasta emoções
Assobio canções de lamento,
Destruo corações desatentos.
E quando sou FURACÃO
Trago para dentro de mim,
Todas as lembranças perdidas
Viro, reviro e exausto
Deito-me e me aquieto
De volta à solidão.
Sinto o cheiro no ar
Sei que já vai chegar
Da forma que for
Abrandando o calor
Com gotas suaves ou pra machucar
Caindo rápido ou devagar
Chuva pesada, descontrolada
Chuvarada
Cheiro de terra molhada
De roupa encharcada
Adoro o barulho no telhado
Ou caindo no cano ao lado
Vento uivando
Janelas lavando
Carro embaçando
Me pego recordando
Lembro de quando era pequena
A vida não era um dilema
e pegar chuva não era problema
Corria atrás de barcos de papel
Feliz com toda água do céu
Enxurrada chegando
Lá vai ele boiando
Quase afundando, dançando
Mas não queria parar
E eu só pedia pra mais chuva rolar
Onde água mais forte caísse
Qualquer bica que existisse
Tava eu lá
pulando sem parar
A vida era uma festa
Lembrança é só o que resta
De tudo que brincava
Do tanto que aproveitava
Sem preocupação com nada
Tive uma infância feliz
Tantas coisas boas eu fiz
Ô época boa danada
A saudade me diz...
A saudade me diz...
Amo o mundo
Porque ele é vasto...
Amo a vida
Porque ela é o símbolo da luz...
Amo a eternidade
Porque tenho todo o tempo do mundo...
Amo você
Porque não posso tê-lo...
Amo a noite
Porque ela é à sombra da luz...
Amo o obscuro
Porque ele é misterioso...
Amo o proibido
Porque vai contra todas as regras...
Amo a vaidade
Porque ela nos deixa mais belos...
Amo o charme
Porque ele sabe como atrair...
Amo a inteligência
Porque é ela que nos diferencia...
Amo a tristeza
Porque ela nos faz verter lagrimas...
Amo a pureza
Porque ela pode ser corrompida...
Amo o Sol
Porque depois sempre vem a Lua...
Amo o que vejo
Porque é um presente divino...
Amo o que sinto
Porque é único...
Amo o que toco
Porque sinto sensações...
Amo as Estrelas
Porque elas nos fazem sonhar...
Amo o olhar
Porque ele nos diz coisas...
Amo as tentações
Porque elas nos provocam...
Amo o medo
Porque ele nos inibe...
Amo o beijo
Porque ele nos dá prazer...
Amo o amor
Porque na verdade eu só sei amar...
Porque ele é vasto...
Amo a vida
Porque ela é o símbolo da luz...
Amo a eternidade
Porque tenho todo o tempo do mundo...
Amo você
Porque não posso tê-lo...
Amo a noite
Porque ela é à sombra da luz...
Amo o obscuro
Porque ele é misterioso...
Amo o proibido
Porque vai contra todas as regras...
Amo a vaidade
Porque ela nos deixa mais belos...
Amo o charme
Porque ele sabe como atrair...
Amo a inteligência
Porque é ela que nos diferencia...
Amo a tristeza
Porque ela nos faz verter lagrimas...
Amo a pureza
Porque ela pode ser corrompida...
Amo o Sol
Porque depois sempre vem a Lua...
Amo o que vejo
Porque é um presente divino...
Amo o que sinto
Porque é único...
Amo o que toco
Porque sinto sensações...
Amo as Estrelas
Porque elas nos fazem sonhar...
Amo o olhar
Porque ele nos diz coisas...
Amo as tentações
Porque elas nos provocam...
Amo o medo
Porque ele nos inibe...
Amo o beijo
Porque ele nos dá prazer...
Amo o amor
Porque na verdade eu só sei amar...
Mãe uma simples palavra que expressa e carrega em sua pequenez a
imensidão de seu amor incondicional, amor expresso com o sorriso, com as
palavras, gestos, compreensão.
Mulher muitas vezes não compreendida por amar sem medida, por
amar sem esperar nada em troca, ama porque Deus te fez mãe, te deu a
possibilidade de gerar e amar a vida que carregou em seu ventre, ou a vida
que gerou em seu coração.
Sua sabedoria e sua sensibilidade ultrapassa barreiras que muitas
vezes são consideradas impossíveis, desvenda os segredos mais ocultos, os
segredos guardados no mais íntimo do coração.
Mesmo com a ingratidão ama sem medida o ser que gerou; chora com
o coração ferido sem demonstrar a dor que a invade por dentro quando a
indiferença por sua pessoa é demonstrada pelo ser que ela tanto ama.
Não cobra do fruto de seu ventre nada em troca, pois tem um pouco de
Deus na sua essência, mãe é um reflexo de Deus em nossas vidas; é capaz de
doar-se totalmente por amor, é capaz de doar sua própria vida para que a vida
que ela tanto ama viva e seja feliz.
Mãe muito obrigada por você existir e por ser a minha querida e eterna mãe.
No balanço das horas,
o tempo faz girar
a roda viva de nossas vidas.
Faz brotar os segundos, as horas,
vai tecendo os dias, os meses...
Uma vida inteira.
O tempo faz surgir, horas vagas,
horas marcadas, horas a fio.
Faz aparecer sinais da velhice
e o nascer de uma nova vida.
O tempo faz despontar
o apreço de cada dia vivido.
Faz guardar saudade no peito,
nas recordações de nostalgia.
O tempo ensina a fundo
prá quem vive eternamente,
porém...
Não temos o luxo da eternidade.